EMERJ recebe especialista norte-americano para palestra sobre Mediação

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“A Utilização da Mediação no Curso do Processo Judicial” foi o tema da 40ª reunião do Fórum Permanente de Práticas Restaurativas e Mediação da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, neste dia 07 de novembro.
Para falar sobre o tema, a EMERJ convidou o americano Victor Schachter, que é mediador de conflitos e advogado contencioso, além de presidente da Foundation for Sustainable Rule of Law Initiatives (FSRI) – Fundação para Iniciativas Sustentáveis do Estado de Direito. Durante a palestra, que foi realizada com auxílio de tradução simultânea do inglês para o português, Victor falou sobre a experiência em promover a mediação em vários países como Índia e Croácia. “Os advogados foram treinados para vencer e fazer com que o outro perca. Mas a mediação não faz negociação do tipo quem está certo ou quem está errado. O foco não é vencer, é criar uma relação em que somente haja vencedores”, ressaltou Victor Schachter.
O advogado acredita que o futuro da mediação no Brasil está garantido: “Se podemos fazer nos Estados Unidos e em países que têm mais problemas do que o Brasil, vocês também podem fazer aqui”, destacou.
Para a diretora do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), Mariana Souza, é importante trazer experiências como a de Victor Schachter para a Escola da Magistratura: “A informação é o caminho. Quanto mais informação nós pudermos difundir sobre esses métodos consensuais, melhor para todo mundo”, disse a diretora. “A mediação, na verdade, é o primeiro método consensual que nós estamos utilizando e as pessoas precisam girar a chave, mudar a forma como elas pensam e entender que elas são capazes de resolver os seus próprios problemas e que elas não precisam submeter tudo ao Judiciário. Existem outras formas de resolver os problemas de maneira consensual, mas é preciso que todos os personagens participem: as partes, os advogados e o Judiciário”, concluiu Mariana Souza.
O desembargador César Felipe Cury, presidente do Fórum Permanente de Práticas Restaurativas e Mediação, destacou a importância da mudança na resolução de conflitos: “A cultura da sociedade vai nos exigir uma mudança de postura, porque, na verdade, nós estamos acostumados a resolver problemas procurando a Justiça. Nós perdemos a capacidade de refletir sobre outras possibilidades que são, muitas vezes, mais adequadas e mais indicadas. Como aqui no Brasil as demandas estão concentradas nos tribunais, é preciso entender como, a partir do Judiciário, os agentes do processo podem compreender e encaminhar uma demanda para a mediação”, concluiu.
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da EMERJ – 07 de novembro de 2017
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7 de novembro de 2017 |

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